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Meus medos!

Posted by Edinaldo Freitas on 16:19 in ,
 Certa vez parei o carro perto de um lago, a noite estava fria e escura, aproveitei o momento para olhar as estrelas, sentei-me a beira do lago, esperando o tempo passar,  fiquei por alguns segundos imaginando o futuro, o que a vida me reservaria mais pra frente. Ao voltar para o carro, observo um vulto, vindo em minha direção, ao prestar mais atenção vi que eram duas pessoas, um era alto, aproximadamente um metro e oitenta, porém parecia velho, caminhava com passos lentos, o outro era pequeno, estava de mãos dadas, com o velho, mais ou menos um metro e meio de altura, este parecia ser uma criança, de uns dez anos ou mais, caminhava mais rápido, as vezes soltava-se da mão do velho para correr e ver as folhas do chão voarem, parecia muito feliz, porém o menino acabou se assustando quando me viu.
   Me aproximei dos dois, e como se fosse meu conhecido a tempos, logo iniciei assunto.
- Que bela noite, uma pena que está frio para ficar a beira do lago!
O velho sorriu, e logo me respondeu. - É meu jovem, já é tempo não é mesmo?
Prontamente respondi que era verdade, por alguns instantes, ficamos conversando, perguntei onde iriam, e resolvi lhe oferecer uma carona. Que o menino fez questão de aceitar.
 - A vamos vô, eu to morrendo de frio.
- A eu vou aceitar sim, respondeu o velho.
No caminho conversamos sobre muitos assuntos, até que pairou um nevoeiro sobre a estrada, reduzi a velocidade pois era uma estrada estreita e bem sinuosa. Até que o menino me perguntou sobre o que eu tinha medo, surpreso com a pergunta, acabei respondendo qualquer coisa, em seguida o menino perguntou ao seu avô se ele tinha medo.
-Vô do que o senhor tem medo!
O homem baixou a cabeça, pensou por alguns segundos, sorriu, e respondeu: - Agora não tenho mais medo de nada meu filho!
Por alguns instantes fiquei pensando, como alguém não poderia ter medo de nada, com tanta violência, catástrofes acontecendo no mundo, como alguém não podia ter medo? Até que chegamos em frente a um grande portão branco, então após alguns minutos de silêncio dentro do carro, o velho quebra o silêncio, pede para parar o carro, desce e agradece a carona. Fecha a porta e pela janela me diz:
- Eu já tive medos, hoje não tenho mais, procure nos sonhos seus medos, eles te trarão a resposta!
  Então, vira as costas e desaparece de mãos dadas com o garoto em meio ao nevoeiro. Por horas, dias e até semanas tive pensando, tentando entender o que aquele velho alto, de cabelos grisalhos, tinha tentado me dizer. Até que resolvi fechar os olhos, , e descobri que meu medo era uma dia parar de sonhar.

Faça a vida valer a pena, não procure a felicidade, faça com que ela te encontre, sorria quando puder, chore também, ninguem é de ferro, mas lembre-se, nunca desista de sonhar. Os sonhos são a razão de viver, sem eles nada teria graça, e faça dos seus medos a motivação pra seguir em frente, procurando fazer o melhor para si e para quem esteja a sua volta, só assim fará com que a felicidade te encontre.

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Ausência!!!

Posted by Edinaldo Freitas on 19:49 in
Ausência

Já não te vejo mais
Meus olhos, molhados pelas lágrimas.
Sinto que já não estou em paz

Resta-me
Lembrar-me do passado
Dos dias que ficamos juntos
Das horas que ficamos longe
Dos segundos que ficamos perto

Hoje,
Já não te vejo mais
Já não tem mais brilho os meus olhos
O tempo não passa

O Lado que sopra o vento
Não me leva mais a ti
O mundo perdeu seu brilho
Nem sei por que estou aqui

Queria que estivesse por perto
Sua ausência me maltrata
Como sol de um deserto
Juntos mataríamos a saudade, por que hoje ela me mata!

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Nunca é tarde pra tentar seguir em frente!

Posted by Edinaldo Freitas on 01:51 in
Tudo parecia normal, um dia típico de outono, o frio que tomava conta da manhã, logo seria esmaecido pelo sol, que radiante, brilhava na ausência das nuvens, a manhã passára, o frio foi-se embora, o relógio insistia em rodar loucamente. Até que chegou a hora, de ir para a escola, hora de pegar a mochila, por nas costas e sair pra mais uma longa e cansativa viagem.
Depois de algum tempo de viagem, e de alguma conversa jogada fora, chego a Camaquã, após alguns minutos caminhando, chego ao colégio, e acabo me lembrando de que não tinha estudado pra prova. Meio sem saber o que fazer, mas mantendo a tranquilidade. Fui para sala de aula, enquantos muitos procuravam estudar, eu já conformado com o que se sucederia procurei me concentrar na aula.
Passado o impacto de ter esquecido da prova, acabei atrasando-me um pouco para ir à sala e fui o último a entrar e começar a fazer, algo que já parecia díficil, fez com que eu me achacasse em minha cadeira de tal forma, que mesmo que ficasse ali por dias, não conseguia responder, depois de ler e re-ler "trocentas" vezes, acabei desistindo, entreguei a prova em branco, senti-me um lixo, nem mesmo expiração para um texto eu tinha, tentei muitas vezes escrever algo, pra utilizar o espaço em branco deixado na última página, mas foi tudo em vão.
Já dentro do ônibus, amoitado no último banco, sem a companhia de ninguém ao meu lado, acabo remoendo a viagem inteira a tal bendita prova, e com meu celular tocando insistentemente Knocking on Haven's Door - Bob Dylan, acabo me perguntando, - Será que é isso mesmo que quero pra mim? - O que mais parecia uma pergunta retórica, ia se tornando cada vez mais confusa, minha vida ia passando diante de mim, começo a relembrar o passado, e novamente questões foram levantadas, por que sofro tanto? Por que pra mim tudo tem que ter o dobro de esforço?, enquanto surgiam duvidas e mais dúvidas sobre mim e minha vida, mais confuso eu ficava, duvidava de minha existência e até mesmo de Deus.
Então, como faço todo dia, levanto-me de meu banco e vou até a cabina do ônibus lentamente, pra não perturbar quem dorme na viagem,  abro a porta que à separa do resto do ônibus, dispeço-me de todos desejando boa noite e caminho em passos largos e silenciosos em direção de minha casa.
Após algum tempo de caminhada sob o céu limpo e estrelado, me deparo ao olhar pro lado, com a mais bela estrela cadente (meteorito para os nerds) que já vi na vida, fiquei extasiado por alguns segundos, desliguei minha lanterna e fiquei parado por alguns segundos, observando o espetáculo que Deus me proporcionara! Fiquei olhando até quando, sua luz foi dissipada entre a escuridão da noite estrelada.
Após tudo isso veio à minha cabeça meus questionamentos, onde até mesmo de Deus eu já duvidava, e querendo ou não, entenda você como quiser, ele acabou me mandando um sinal, fez do dia em que eu me sentia um lixo, me sentir feliz, olhar para frente firmemente pra tentar buscar alcançar todos meus objetivos, nem que aconteça como aquele meteorito, e tenha meu brilho dissipado em meio a escuridão, alguem há de ver, com os olhos marejados de lágrimas de felicidade e diga pelo menos ele tentou.

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