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Depois de um tempo, estou de volta!

Posted by Edinaldo on 22:17 in



Eu tentei pensar o que seria a causa da minha falta de inspiração para escrever. Faz tempo que eu não sentava, abria aqui uma nova postagem no blog e colocava meus sentimentos para fora. Acho que amadureci, ou melhor, tenho certeza disso.

Muitas vezes, eu sentava, pegava uma foto e escrevia sobre um amor inventado, uma saudade inexistente, uma solidão constante, e que não era inventada.

Agora estou vivendo mais, sentindo mais do que escrevendo. E talvez esse momento que eu estou passando não é mais uma falta de inspiração, e sim uma paz de espírito.

Então Edinaldo, tu és uma pessoa sem problemas? Não, muito longe disso, mas acontece é que parei de me clamar, e deixar acumular coisas negativas. Arrumei outras maneiras de descarregar. Ou nem sei se isso acontece mais, sobrecarga de problemas.

Hoje, não tenho mais amores inventados, eu vivo um, de verdade. Hoje, não escrevo mais sobre saudade, eu sinto ela, e é doida, não dá para descrever. Hoje, não sonho em atingir objetivos, antes considerados por mim inalcançáveis, eu luto por eles por mais difíceis que possam ser, e se alguém me dizer que isso é impossível, é o meu combustível.

Então, se eu pudesse te dar um conselho para esse novo ano que está por vir, seria, viva, não esqueça seus problemas, solucione-os, não crie pontos de fugas como eu tinha todos os dias aqui, bata de frente como passei a fazer. E se não for te pedir muito, tenha fé... Independente de sua religião, crença, etc. Apenas agradeça quando coisas boas acontecerem, tenha certeza que coisas melhores ainda virão.

E para finalizar por hoje, sabemos de nossas limitações, até tentarmos testá-las. Então, teste seus limites, se achar que não consegue, divida essa dúvida, fique com 80% de dúvidas, 19% de força de vontade e 1% de certeza que vai alcançar, e vais perceber que vai ser incontrolável, esse percentual de força de vontade vai aumentar cada vez mais, e quando menos perceber estará meio a meio, até que não reste mais dúvidas, e sim, somente a certeza de que você conseguiu!

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Quem somos eu?

Posted by Edinaldo Freitas on 23:02 in
Sim, sou mais de uma pessoa. Dois seres quem sabe, um feito de carne, outro de alma. Os sentimentos, o arder de uma verdadeira paixão, fazem manter minha alma aquecida. O desejo e o orgulho, satisfazem a carne.

No meio disso tudo eu não sei quem sou, desejo se mistura ao amor, a paixão se une ao orgulho. O medo, atrofia minhas veias, e o desprezo pelo meu sono aparece na lucidez de minha loucura.

Então, procuro ver com meus olhos fechados, sentir com minha frieza, e diante de tudo isso, procuro descobrir, "quem somos" eu?

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O homem que não parava de sonhar!

Posted by Edinaldo on 19:52 in
Todas as noites eram iguais, aquele velho homem de cabelos grisalhos, dedos calejados do serviço, mesmo cansado, antes de dormir parava em frente ao guarda-roupa, de baixo da mala de viagem um papel de carta, dentro dele, uma fotografia já castigada pela ação do tempo.


Enquanto a olhava, a lágrima escorria pelo seu rosto, um suspiro dobrado aparecia quando olhava a cama vazia, gélida. Ele colocava a fotografia de volta ao lugar de onde havia retirado, erguia as mãos a altura do peito, juntava-as como estivesse abraçando alguém imaginário.


Então se aproximava, puxava as cobertas uma a uma, até que somente restasse o lençol branco sobre o velho colchão. Com a aparência de quem estava sendo consumido pelo sono, sentava-se na cama, retira o óculos e coloca sobre o criado mudo. Agradecia a Deus por mais um dia.


Logo que se deitava, antes do sono dominar seus olhos, imaginava luzes em frente aos seus olhos. Por entre as luzes, via uma mulher, jovem e linda, cabelos pretos, olhos claros e sorriso largo. Então, aos poucos a imagem da mulher esmaecia, e por vezes jurava ver um cavalo negro, pelo reluzente, vinha em sua direção. Quando estava chegando perto, seu pelo reluzia na luz e a imagem mudava, via agora, um carro vermelho, modelo sport. As imagens, as visões seguiam, uma após a outra até tudo escurecer, os olhos se fecharem, o respiração diminuir.


De repente, um suspiro profundo, sua mente acorda. Seu rosto esboça reações de uma pessoa desesperada, fazendo tudo para acordar, por alguns minutos o silêncio predomina. O velho sonhava, a ilusão o levava para fora de seu corpo, ele se via de fora, fazendo o que acabara de fazer.


Olhava a foto, chorava, despia a cama, sentava-se, tirava o óculos, agradecia a Deus, deitava. E quando não conseguia mais enxergar ninguém a sua frente, acendia uma luz, focava nos olhos do homem deitado. Que por sua vez, via entre a luz: a mulher, o cavalo, o carro...

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