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Meu velho caderno

Posted by Edinaldo Freitas on 21:01
Hoje não vim derramar lágrimas em cima de ti, nem lamentar, o ano está acabando, e como ele, minhas lágrimas e minhas tristezas vão ficando para trás, não quero reclamar das músicas que deixei de ouvir, das pessoas que estão longe e das que estão perto, quero pedir desculpas, por tanto ter te maltratado, suas folhas estão carregadas com minha raiva, meus desejos, e minhas lágrimas.

Mais um ano se passou, ainda restam algumas horas, antes dos fogos irem ao céu, iluminar a noite no comecinho de um novo ano, não quero pedir que as coisas sejam diferentes, nem que sejam iguais, quero apenas, que aconteçam, não importa quanto tempo vai demorar, se devo ou não esperar, se terei ou não dúvidas. Quero apenas, ser feliz.

Espero que aconteçam novos natais, novos fins de ano, mas caso seja esse o último de nossa existência que apenas falar bem baixinho pra só o senhor escutar: - OBRIGADO MEU DEUS, por tudo que pude viver e que ainda viverei, esse ano quero vivê-lo como se fosse o último, mas se não for... (Continuarei a escrever dia 31/12/2012)



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Linhas, Lágrimas e Solidão

Posted by Edinaldo Freitas on 00:27 in ,

Descobri com o passar do tempo, que estou só, a cada nascer e a cada pôr do sol, algo me faz cada dia mais infeliz, mais perdido, estou agonizando em minha própria vida. Nada mais me importa, pareço já estar conformado, sei que minha vida não passará dessas linhas tortas e riscadas, pela ausência da borracha, não tem como apagar e escrever tudo novamente, somente passar um risco por cima, e torcer pra que ninguém mais o leia. 

Pareço estar apenas contando meus dias. Não consigo olhar pra este mostro pulsante que está em meu pulso, ele faz meu tempo cada vez mais curto. Diminui minha esperança a cada giro, a cada segundo, de que encontrarei a tal felicidade, e se me debruço em frente ao espelho, não tenho coragem de olhar nos meus próprios olhos. Vivo cada dia como se fosse somente uma ilusão, mas ninguém percebe a não ser eu. 

Está frio, eu estou perdido, e estou só, não encontro os trilhos para traçar o destino de minha vida. Sigo em frente sem saber ao certo o rumo que estou seguindo. Todos me olham, me julgam, dizem que sou único, mas não sabem que eu trocaria tudo isso pelo prazer de ser apenas mais um.





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Entre a poeira do baú.

Posted by Edinaldo Freitas on 22:22 in ,
Depois de muito tempo, resolvi tirar o pó de cima daquele velho baú, fazia tempo que eu queria fazer isso, confesso que tava com um pouco de medo do que estava ali dentro, mas tomei coragem e segui em frente, aos poucos, fui levantando sua pesada tampa, a poeira descia lentamente pelos lados, daquele velho baú.


Embora fossem muitas coisas velhas misturadas aos velhos álbuns não era difícil encontrar lembranças entre a poeira, ainda conseguia sentir o vento em meu rosto ao ver as fotos do verão de 92, meio desbotadas e amareladas pelo tempo, algumas já estavam rasgadas, borradas, mas ainda guardavam as mais belas lembranças, de dias que acabaram se tornando inesquecíveis.


São fotos que marcaram os dias mais felizes de minha curta vida, naquele pequeno álbum, já com a capa rasgada te dando rodar, pelas mãos de diversas gerações de minha família, estavam todos meus sentimentos, toda minha história, e tinha certeza, que entre a poeira daquele velho baú, estava meu presente, meu passado e também meu futuro.






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